31.10.05

Desculpem a minha ignorância...

Mas eu ainda não entendi: o que aconteceu com a coca-light?

Questão de responsabilidade pública

Repassando...

Charge de Maringoni para o site da Agência Carta Maior.

Notas de um fim de semana

"Não se incomode, o que a gente pode, pode
E o que a gente não pode explodirá
A força é bruta e a fonte da força é neutra
E de repente a gente poderá!"
Gilberto Gil, Realce

- Finalmente descobri o que significa "desprender do fundo da panela": APRENDI A FAZER BRIGADEIRO!

- Almoço delicioso com amigas muito queridas que não se conheciam e depois lembraram que se conheciam sim; e seus respectivos maridos e amigos, e risadas, e fofocas e comprinhas... Bom demais!

- E por falar em comprinhas, não posso entrar na Feira de roupas, artesantaos e afins que rola lá no Bristol (Paulista com Augusta, sentido centro). Ontem comprei uma bolsa com o pôster da mulher maravilha (corre o boato de que eu pareço com ela!hahahaha) e um vestido LINDO.

- Café com outra amiga querida que está terminando (mesmo, na fase de escrever agradecimentos!) a tese. Ai, que orgulho!

- Fim do domingo: orgia gastronômica com a melhor amiga. Sanduíche e brigadeiro (ui!). Mas ouvir dela "você cresceu, é uma mulher", e lembrar o quanto é bom existir alguém pra quem você fala como a si mesmo, faz esquecer qualquer dieta mesmo!

28.10.05

Não vim pra ficar

Não vim pra ficar
Não reserve um espaço no armário pra me acostumar
Não espere no horário arrumada na sala de estar
Não pretendo trazer minha vida pro seu bangalô

Não vim pra ficar
Não separe um cantinho pra eu ler o jornal no sofá
Não pergunte o que eu gosto, que vai me fazer pro jantar
Me desculpe o mau jeito que é o jeito que eu sou

Não vim pra ficar
Não me guarde uma escova de dentes, não vou pernoitar
Não faz cópia da chave, não quero invadir o seu lar
Quero vir como sempre, feito um beija-flor

Não vim pra ficar
Não me põe monograma na fronha da gente deitar
Não pendure no tanque gaiola pro meu sabiá
Não faz do nosso encontro uma obrigação, por favor

Não vim pra ficar
Eu não quero assumir compromisso da gente juntar
Por enquanto é melhor não mexer, deixe assim como está
Vamos ver que destino vai ter nosso amor

Essa música é do Wilson da Neves e do Paulo César Pinheiro (óóóóótemo!). A conheci num show do Renato (tô intíma, hahaha), e de cara fiquei intrigada, pensei: puxa, que letra do c*ralho (Rê, aprendi!)! Além de ser um sambinha delicioso...
E tava aqui pensando como a música diz coisas diferentes em momentos diferentes. Quando ouvi a primeira vez, tinha terminado um namorico, e achei meio dura.
Mas agora, a música me falou sobre outras coisas. Sobre deixar acontecer e viver devagar. Saborear.
Sim, sim, eu também quero um amor que venha pra ficar, e acho lindo quem vive assim, "juntado". Mas por amor, por admiração, por tesão, por vontade de estar junto, vontade que venha com o tempo de experimentar o outro e a si mesma, naquela história. Sei lá, achei que muitas vezes é o excesso de expectativas que embola o meio de campo (e falo por experiencia própria, é claro).
Menção especial à metáfora da gaiola pro sabiá, hein?

Fofura parte II

Ó só: a história continua...
Eu tinha recebido o e-mail do Renato Braz, mas não o CD. Beleza, deixei um bilhetinho pro Seu Zé, que é o zelador aqui do prédio:

"Oi, Seu Zé, é a Kellen do H 7. Tudo bem?
Então, um amigo [já tava me sentindo, ok!] deixou um CD para mim, será que tá na caixinha do correio?
Bom fim de semana!"

Aí cheguei em casa e o CD estava na minha porta!!!!!!
É lindo. Eu já imaginava, porque sabia as músicas que tinha, e tals, mas claro que a audição é outra maravilha de outra natureza. Gente, ouçam esse homem. Ouçam, ouçam, ouçam, é só isso que eu tenho a dizer.
Agora, só para dar uma idéia, vou contar umas músicas do repertório: "Canto das Três raças", aquela, que a Clara Nunes eternizou; "O velho Francisco" do Chico, que é incrível e parece ter sido feita para o Renato Cantar; "Disparada", aquela que ganhou festival; "Desenredo", aquela assim "Eh, Minas, eh, Minas, é hora de partir, eu vou..."; e "Não vim pra ficar", que eu vou postar logo em seguida. Enfim, o CD é uma PRECIOSIDADE.

E mais precioso ainda porque tem dedicatória (acharam que eu não ia me exibir???hahahaha):

"Querida Kellen,
Desculpe-me por demorar tanto.
Um beijo carinhoso e um pouquinho de música
Para fazer bem ao coração"

Tô feliz que só, já fez um bem danado ao coração. Agora eu tenho todos os CDs dele, que, dos "novos", é o meu cantor preferido!

Fofura

Não, essa eu tenho que contar:
Há mais ou menos um mês, mandei um e-mail para o Renato Braz. Sim, o cantor, aquele, maravilhoso (pra quem não conhece, pelo-amor, ele é ótimo, tem um repertório impecável e uma voz divina, não perca tempo!). Queria comprar um CD dele que estava esgotado.
Aí o fofíssimo respondeu dizendo que estava indo gravar em Nova York, mas me mandava um CD de presente quando voltasse, era só eu mandar meu endereço (bom, se terminasse por aqui já seria lindo).
Mandei o endereço e tals. Aí, eis que agora eu abro minha caixa de e-mail e recebo essa mensagem, do próprio:

"Ola, Kellen!
Queria saber se você recebeu o cd que deixei na sua portaria na madrugada passada.
Desculpe-me por demorar tanto .
Um beijo grande,
Renato."


LINDO!!!!

Inconsciente


P.S. Não é nehuma "sacada psicanalítica" não. Achei engraçado mesmo!hahahahaha

26.10.05

Dança dos conceitos

UHHHHUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu, finalmente, consegui entender o que eu quero dizer com os conceitos que estou usando na tese! Ai que alegria, ai que felicidade, eu achei que isso nunca mais ia acontecer!!!!!

LIVROS


Veio lá do Duas Fridas:
A pergunta é: quais são os dez livros que mais marcaram a sua vida?
Raízes do Brasil
Porque é, na minha opinião, uma das melhores obras escritas sobre o Brasil, é um historiador que faz sociologia da mais fina estirpe, é um livro que me estimula, e quando eu penso nele, quero cada vez mais pensar o Brasil.
Grande Sertão: veredas
Virou minha "bíblia", tá lá na cabeceira.
A insustentável leveza do ser
Bom, esse por tantos e tantos motivos. Mas a primeira vez que li tava vivendo as dores do amor mais doído que já senti, enfim, quem leu me entende...
Ensaio sobre a cegueira
Porque me revirou, porque descreve tão bem essa cegueira contemporânea, porque é ferozmente lúcido, sem piedade.
Manifesto comunista
Esse eu li no cursinho, e foi bem importante na escolha pelas ciências sociais. E foi meu primeiro contato com Marx, e só por isso, já é muito especial.
O Capital
Porque aí, quando entrei nas Ciências Sociais, fui conhecer Marx de verdade. Vai ter competência para desnudar a realidade assim lá em casa! Genial.
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
Quando li e reli e reli esse livro, clareou para mim o significado da sociologia como ciência, e eu quis continuar.
Água Viva
Clarice. Mulher. Viva. Pulsando.
Dom Casmurro
Alguém falou lá no Dufas (olha só, já tô íntima...hehehe) que adorou quando todo mundo achava chato. Eu adorei, reli, e adoro, é uma referência.
Sonhos de uma noite de verão
Esse eu "achei" na biblioteca da escola, num dia que eu tava escondida, fugindo da educação física (lógico que me chamavam de CDF, quem se esconde numa biblioteca???). Mas apesar da escola conseguir me traumatizar a ponto de me esconder das aulas, porque eu não jogava vôlei nem basquete, conheci Shakespeare aos doze anos...
E você?

25.10.05

E tem mais essa:

"Eu não entendo essa democracia, que as pessoas passam fome, que os juros comem nosso dinheiro, que a gente anda na rua com medo... Eu não entendo..."
Frase do meu pai, que não é sociólogo, nem especialista em Estado, nem em democracia, nem em coisa alguma parecida. Frase de um brasileiro.

Atrasada

Hoje almocei com o meu pai. Tinha que pedir desculpas a ele por ter sido chata e "mal educada" (expressão do próprio, o que é muito engraçado se a gente pensar: "quem educou?hahahaha).
Aí reparei que a gente nunca briga por coisas nossas. Brigamos por causa da relação dele com a minha mãe, com o meu irmão, dele com ele mesmo. Ou seja: eu brigo com ele porque não me contento em carregar minhas sacolinhas de problemas, quero pegar a de todo mundo... Enfim!
Mas hoje a gente conversou bastante, e na conversa ele me disse que está muito preocupado, porque eu estou sempre sem dinheiro (o que é uma verdade!). Aí, para convencê-lo de que não precisa se preocupar, eu me viro, eu tô legal, e blablablá, acabei fazendo uma espécie de "retrospectiva da Kellen nos últimos dez anos". E eu falava para ele, e falava para mim. E deu para enxergar meu percurso, deu para reconhecer que eu estou onde queria estar, deu para sentir que apesar desse mundo cão, eu resisto. E naquilo que eu não resisto, deu pra lembrar que sou um ser humano. E em tudo o que precisa melhorar, deu para lembrar que o Guimarães já contou que as pessoas não "foram terminadas", elas vão sempre mudando. E deu para lembrar que eu só tenho vinte e seis anos, e como meu pai mesmo me disse num dia em que eu esbravejava sobre alguma indignação: meus olhos ainda têm muito para enxergar, pra me indignar e me encantar.
E no fim, deu para enxergar e dizer o que era mais importante nesse almoço: que todo esse meu percurso é marcado por todo amor, segurança e carinho que meu pai me deu, desde quando tirou a rodinha da minha bicicleta, me disse que estourar bexiga em gincana era besteira (porque eu tinha medo), chorou no telefone quando eu contei que entrei na USP, segurou a minha mão por uma noite inteira quando eu descobri a fundo o que era dor de amor, fez minha mudança quando eu quis morar sozinha... E essa lista é infinita.

* Papi, aqui está a homenagem, à minha maneira, que eu queria ter escrito no sábado!

24.10.05

Resultado

Eu e a Van (minha companheira de casa, de vida e de alma, principalmente) chegamos à conclusão de que esse resultado do referendo foi a gota d'água: PARE O MUNDO, A GENTE QUER DESCER!

E esses 63,88% também me fizeram lembrar outra música:

Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso Estado, que não é nação
Celebrar a juventude sem escolas, as crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatos, Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza, vamos celebrar nossa vaidade
Vamos comemorar como idiotas a cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas, os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça, a ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos, o voto dos analfabetos
Comemorar a água podre e todos os impostos
Queimadas, mentiras e sequestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo, nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia e toda a afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias: é a festa da torcida campeã
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir, não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio, tudo o que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional,
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade e comemorar a nossa solidão
Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer da nossa gente que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração de toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror de tudo isso
Com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou [postou] esta canção

Mostra de Cinema SP


Esse foi o primeiro. Ótima estréia!

23.10.05

SIM

No primeiro turno das eleições para governador em 1998, pesquisas davam Mario Covas em primeiro, Paulo Maluf em segundo e Marta Suplicy em terceiro. Quando os votos foram apurados, constatou-se que a candidata do PT tinha muito mais votos do que as pesquisas apontavam, o que poderia inclusive tê-la levado ao segundo turno, não fosse a "comoção" que a imprensa lançou, se apoiando em tais pesquisas, em torno de um suposto"voto válido" (ou sei lá que nome se dá para isso) em Mário Covas e contra Maluf.
Isso para dizer que pesquisas podem ser compradas (ops, falei!), e portanto, nada de ficar em casa "porque o Não já ganhou".

22.10.05

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar".
Conto da Ilha desconhecida - José Saramago

21.10.05

Resistir, resistir, resistir...


"Diz quem é que marcava o tique-taque
A ampulheta do tempo disparou..."
Chico Buarque - Almanaque
Voltando para mi casita, reparei que algumas casas e muitas lojas já se apressaram em colocar seus enfeitinhos de natal.
Aí tava aqui pensando com os meus botões: gente, que tempo maluco é esse? Tudo bem que eu tenho um prazo muito apertado para entregar minha dissertação, e isso faz com que tudo fique mais assustador, mas a velocidade da vida contemporânea é absurda.
Como assim, Natal, meu povo? CALMA.
Por que tudo, tudo, tem que se pautar nas datas comerciais, em que o mercado faz sua festa às custas desse consumismo desenfreado?
Peraí! Porque Natal é no verão, e eu ainda estou me encantando com a flor de antúrio que brotou no meu jardim, porque é primavera. E eu ainda qualifico antes de dezembro. E para mim, ainda é outubro.
E, para continuar minha insistência em remar contra a maré (aí depois não sabe porque sente dores no braço!), eu quero resistir a esse atropelamento todo das coisas, eu quero olhar para alguns detalhes fundamentais. Eu quero.

19.10.05

Sra Operadora do meu celular,

Peço a gentileza de não me enviar mensagens, porque sempre que vejo o sinal "nova mensagem recebida", penso que é de alguém muito bacana. Não quero mais me frustrar.

Grata,
K.

Escrevi para mim

E para amigas reais e virtuais. E também para aquelas desconhecidas, para nos homenagear gratuitamente, porque assim que é bom.
Só para constar: não, ninguém terminou comigo hoje, nem ontem, nem recentemente. O marasmo sentimental não permite.
E sim, todo mundo tem o direito de não querer. E todo mundo tem o dever de não esquecer o próprio valor, inclusive via "auto-congratulação".
Bom, chega de lero-lero:


"Ah, não me quer (mais)? Azar. O seu, claro.
Porque eu sou gostosa, cheirosa, macia, e cheia de idéias-e-truques-e-sons-e-tals.
Porque eu sou sensível, e carinhosa, e sei fazer massagem, e dar colo.
E porque sou também forte, lúcida, dessas que pega a vida com as mãos e vai além.
Porque eu entendo de música. E sou rápida, e articulada, e politizada, e tenho cada sacada!
E sou meio atrapalhada, e engraçada. Porque respeito muito minha risada.
E tenho olhos profundos. E ofereço meus ouvidos e minhas palavras. E até meu silêncio.
Finalmente, porque tenho amigos e amigas e ideiais e sonhos e coisas muito minhas.
De modo que não preciso de você para nada que não seja compartilhar.
E sendo assim: se não quiser... AZAR! "

*Tati, esse post é para todas nós, e muito especialmente para você.
Sabe quando você faz um plano, aí acontece tudo diferente, e é ótimo?
Acho que às vezes falta aceitar o mistério.

18.10.05

Musicomaníaca

"mundo velho e decadente mundo
ainda não aprendeu a admirar a beleza
a verdadeira beleza, a beleza que põe mesa
que deita na cama, a beleza de quem come,
a beleza de quem ama"
Zeca Baleiro - Salão de Beleza


Ontem foi a vez de assistir Zeca Baleiro no Memorial da América Latina. Descobri que eles têm um projeto às segundas-feiras (mas não todas, como manda a boa e velha ociosidade do local), que é prioritário para escolas, mas também aberto ao público em geral (amigos professores, de repente é uma boa levar as aluninhas e aluninhos...hehe).
O show foi m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o. Mas é redundância vindo de mim, porque eu simplesmente ADORO o Zeca, que tem presença marcante na trilha sonora da minha vida. Compositor e tanto.
Em relação ao Memorial, fazia tanto tempo que não ia, nem me lembrava do quão imponente é o lugar. Mas é vazio. Mais ou menos assim: o Memorial da América Latina é tão vivo quanto a integração latino-americana, se é que vocês me entendem...
Às vezes parece que falta aprender quase tudo.
Outro dia ela disse que admirava as pessoas que conseguiam não reproduzir os padrões maternos/paternos de comportamento. Eu concordei.
Hoje, digo que estou espantada como outras pessoas (eu, mais propriamente) os reproduzem. Quase que em progressão geométrica...

17.10.05

Agora virou rotina: mamãe e papai no msn. Ela escreve, porque ele é um pouco, digamos, lerdo. É, tempos modernos...

And...


...como nem tudo foi espinho no fim de semana, ontem eu fui ao show da Ceumar, aqui no TUCA. Bacana demais!!!
Ela cantou a música do Festival, que chama "Achou". Já tô postando a letra linda aí embaixo, e se vocês entrarem aqui, dá pra ver e ouvir (uia, que chique!). E ela apresentou mais músicas novas, todas lindas, que devem compor o próximo CD, que tomara que saia logo!
Aí meu amigo pegou autógrafo, a gente tirou foto com ela. Mas eu não levei meus CDs porque esqueci, então, não tenho dedicatória!
Gente, ouçam e vejam essa mulher! Ela boa demais! Menção especial ao "Gigante Brasil", percussionista de mão cheia que sempre acompanha a moça!

Achou
Dante Ozzetti/Luiz Tatit

Investir
É cultivar o amor
Se despir
É ativar

Resistir
É atuar o amor

Insistir
É saturar
Aderir
É estar com seu amor
Adorar
É superstar

Aplaudir
Até sentindo dor
É amar

Quem puder
Viver um grande amor
Verá

Consentir
É educar o amor
Seduzir
É cutucar

Amarei!
É conjugar o amor
Não amei!
É enxugar

Avançar
É conquistar o amor
Amansar
É como está

Como estou
Com muito amor pra dar
Eu dou!

Quem estiver
Atrás de um grande amor
Achou!

P.S. II

Mas a Giu falou que eu não sou símbolo de esquizofrenia da blogesfera, então nem tudo está perdido.
Na verdade, ela disse uma coisa bem bonitinha e eu fiquei toda contente!hihihi...

UFA!

Antes de ser demitida do trabalho e expulsa de casa , e antes de explodir, tamanho o consumo de chocolates, acabou a maldita TPM.
Na última consulta, o médico quis me receitar um calmantezinho para TPM "nessa época difícil do mestrado", e eu recusei veemente. Hum... Será que fiz bem?
Bom, esses dias de cão me fizeram pensar um pouco. Acho que às vezes sou meio intolerante. Queria ser mais flexível, mesmo quando tenho razão.

14.10.05


você nunca imaginou que, morando em São Paulo, ficaria tanto tempo sem ver um filminho sequer, nem um showzinho baratinho no SESC. Até que você arruma uma tese. E precisa MESMO escrever.
E para ajudar (por que eu olho a programação???), olha só o que vem por aí essa semana:

- Festival Denise Stoklos no CEU Butantã (que bacana!!!). No Catarro Verde já foi dito: quem perder é mulher do padre!

- E tem Zeca Baleiro no memorial da América Latina, no sábado. Deve até ser grátis, é aqui pertíssimo de casa, é sábado, mas eu tenho casamento...

- E ainda, uma mostra de filmes nacionais no CINESESC. Quatro real. E também em outros cinemas, só não sei quais.

P.S.

Giu, comparando o post anterior com o antecedente dele e sua respectiva foto, eu sou um símblo da esquizofrenia da blogesfera?hahahaha!

Mal humor

Revisando um texto para um Congresso pela milésima vez. Aí descubro, agora, que terei que apresentar uma oficina no mesmo Congresso domingo que vem. Ahn???
Ainda por cima é véspera de casamento do meu irmão, e eu não fiz nada dessas coisas de unha, cabelo, e blablablá... E é de manhã o bendito. Ai ai ai!
Quero terceirizar, pronto.

13.10.05

Tanta coisa...


... na minha cabeça, pra falar, pra escrever.
Coisas novas, coisas antigas, porém "re-lidas", coisas gostosas, quentes, coisas concretas, outras nem tanto,
outras que são pura abstração.
Tem sentimento, tem desejo, tem expectativa,
projetos e promessas.
Tem uma sensação boa de estar viva!

12.10.05

DO IT

Ouvi essa música do Lenine e acho que a letra merece muita atenção ( o som é ótimo também, ouçam). Grifo meu.

Do It - Lenine/ Ivan Santos

Ta cansada senta
Se acredita tenta
Se tá frio esquenta
Se tá fora entra
Se pediu agüenta

Se sujou cai fora
Se da pé namora
Ta doendo chora
Ta caindo escora
Não tá bom melhora

Se aperta grite
Se tá chato agite
Se não tem credite
Se foi falta apite
Se não é imite

Se é do mato amanse
Trabalhou descanse
Se tem festa dance
Se tá longe alcance
Use sua chance

Se tá puto quebre
Ta feliz requebre
Se venceu celebre
Se ta velho quebre
Corra atrás da lebre

Se perdeu procure
Se é seu segure
Se tá mal se cure
Se é verdade jure
Quer saber apure

Se sobrou congele
Se não vai cancele
Se é inocente apele
Escravo se rebele
Nunca se atropele

Se escreveu remeta
Engrossou se meta
Quer dever prometa
Pra moldar derreta

Não se submeta

10.10.05

Na rede

Mais debate e opiniões sobre o referendo. Aqui.

Salto alto


Apesar de ser uma adoradora declarada de sapatos (e muito antes da febre Carrie Brashaw - Sex and City), eu não uso salto fino. Só anabela, ou coisa parecida. Logo, também não uso nenhum sapato mais "clássico": nada de mule, nem scarpim, nem nada parecido que eu não sei nem o nome de tanto que não conheço. Antes de mais nada, já vou logo dizendo que não tenho nada contra. Só não combina comigo, não é "meu estilo", por assim dizer.
Mas... Eis que hoje fui provar um vestido para o casamento do meu irmão, e a vendedora da loja, claro, já tinha uma sandália "especial" para combinar. Quando a vi, quase disparei uma gargalhada: um salto super fino e super alto... Uma sandália tão delicada e clássica daquelas, "imagina, claro que eu não ia gostar" - foi o que pensei quando a vi nas mãos da vendedora.
Acontece que eu a provei, junto com o vestido MARAVILHOSO. Gentem, a minha surpresa ao olhar no espelho a mesma sandália´(só que agora nos meus pés) foi tamanha, que já recuperei a auto-estima abalada pela TPM por essa semana inteira! Falei para a vendedora que aquele vestido lindo, com um corte nas costas, e um decote simples e discreto, mas bem original, na frente, foi feito sob medida para a tal da sandália. E ela me corrigiu: aquela sandália é que foi feita para qualquer vestido tornar-se ainda mais bonito.
Mas, resumo da ópera, não comprei nenhum dos dois porque o preço era tão estonteante quanto as peças, e eu vou é procurar um vestido nas pontas de estoque que conheço, e que sai por um quarto do preço. Mas, pelo menos, acho que perdi o preconceito: descobri que, vez ou outra, eu posso sim lançar mão de um belo salto alto, mesmo não fazendo, via de regra, "meu estilo"!

9.10.05

O tal do equilíbrio

Assistindo "Café Filosófico" na Cultura, com a Professora Olgária Mattos falando de desejo, alegria e medo. MUITO resumidamente (porque ela é filósofa, e sendo assim, NUNCA explicaria assim!) era mais ou menos assim: o desejo causa alegria e medo. A alegria é ação e medo, passividade. E maturidade é conseguir equilibrar os dois.

Hum...

Mudernidade

Estava falando com o meu pai no msn. Espia só:

"Marco Gutierres diz:
KEKE e 0 papi
Kellen - "de tudo se faz canção e o coração na curva de um rio..." diz:
oi papi
Kellen - "de tudo se faz canção e o coração na curva de um rio..." diz:
tá jogando paciência, né?
Marco Gutierres diz:
Nao estou jogado fren
Kellen - "de tudo se faz canção e o coração na curva de um rio..." diz:
jogando o que?
Marco Gutierres diz:
eu nao sei KEKE mamae esta madado um beijo"


Mas ele não é Marco Gutierres, esse é meu irmão. Meu pai entrou com o login dele, acho... Ou caiu de pára-quedas mesmo, o que é mais provável. Uma figura esse meu pai...

8.10.05

Filme

Esse filme é muito muito bonito.

Para se ter uma idéia:

"Despertem em seus alunos a dor da lucidez. Sem limites. E sem piedade" - é uma frase da personagem principal, dentre tantas outras maravilhosas. E é cinema contemporâneo argentino, que eu adoro. Ah, assiste, vai!

7.10.05

Direito x proibição

Veio lá do Vento uma idéia para incrementar a discussão sobre o referendo. A questão é o embate entre direitos e proibição. O Estado pode proibir?
Bom, não sou especialista em direito. Posso no máximo palpitar umas coisinhas sobre Estado e democracia, então vou tentar.
No fim do texto Por que sim?, essa que vos fala afirmou que segurança é questão pública. Faltou completar: é questão de responsabilidade pública estatal. Nessa chave, não entra no âmbito do direito privado do cidadão. Se não cabe ao cidadão a responsabilidade por sua segurança, ele não tem o direito de portar arma para se defender. Inclusive se considerarmos a máxima de que ao invés de proteger um único indivíduo que a possui, as armas comercializadas deliberadamente e por qualquer cidadão comum são responsáveis pela insegurança de outros, uma vez que gera mais violência.
Porque o direito, constitucional, é fruto de um pacto social. E se a condição para existência de um Estado é o monopólio da violência, então essa sociedade já pactuou a quem cabe o direito de possuir armas de fogo. Para quê Estado? Para, em última instância, garantir a segurança de seus cidadãos, com aparatos legalmente preparados para isso. Argumentos como: "o Estado é ineficaz na garantia da segurança" não advogam em favor das "milícias privadas". Qual é a alternativa? Fim do Estado? Volta ao Estado de natureza, na guerra de todos contra todos?
Mas para insistir na questão do que são questões públicas que não se referem ao âmbito privado do direito de escolha individual, vou usar um outro exemplo: por que proibir cartazes causadores de poluição visual na cidade de São Paulo? Porque a via pública não é do âmbito privado do cidadão. Logo, ele não tem o direito de poluir, e a sociedade tem o direito de proibir. E a instituição responsável por formular leis para arbitrar as questões públicas é o Estado. O público, que é de todo mundo, não é direito exclusivo de ninguém.
Diferentemente de aborto, eutanásia, união civil e mais uma listinha daquelas coisas sobre as quais o Estado laico não deve arbitrar. Porque aí sim se referem a questões do âmbito privado, e que não devem ser arbitradas pelo poder público. Cabe ao Estado garantir que a escolha do cidadão, fundamentada em seu direito legítimo de decidir aquilo que é questão relativa à sua vida privada, seja assegurada. Nesses casos, sim, a bela frase da campanha pela descriminalização do aborto desse ano “Aborto - a mulher decide, a sociedade respeita, o Estado garante” é muito assertiva.

Obrigada, Mônica, por alimentar o debate. Falemos, que é necessário e nutritivo!

Essa merece

Bom... Agora para comentar aqui tem que confirmar digitando aquelas letrinhas (tarde da noite e sem óculos, é literalmente embaçado!), por causa dos spams inconvenientes. Então, eis que eu fui responder um comentário e aparecem as benditas letrinhas. Aí me perguntei: "eu também preciso confirmar?". Juro, pensei isso. E então me respondi: "pois é, bela, o blog nem pra adivinhar que você é você, a poprietária, né?. Francamente, dona Kellen. Vá dormir.

6.10.05

E tem mais

E essa incapacidade de sentir, traduzir, perceber, decodificar, ou sei lá que nome tem. E meu sorriso bestamente desconcertado e estampado. E essa tremedeira? Mas o choro era bom mesmo.
Pensei que devia ter seguido a passeata. E é tanta coisa para falar para a Adriana. Onde começa esse medo danado? De onde vem a sensação de que se é pequena, sem graça e patética?
E cadê aquela espontaneidade? E aquela coragem? "O espanto da primeira dor". Deve ser isso.

Mas será possível?

Não bastasse somatizar a ponto de arranjar uma tendinite, noite passada eu tive insônia, pensando na tese. Logo eu, que se bobear, durmo em pé.
Queria que meu corpo resistisse um pouquinho à sobrecarga da cabeça...

Aperto

Uma vez ouvi a expressão: "pensei que o xixi ia sair pelos olhos". Hoje, no final de uma aula, comprovei empiricamente (e pessoalmente, vale frisar) a validade da expressão...hohoho!

5.10.05


É impressionante (para dizer o mínimo) a minha incapacidade de acordar na hora programada/necessária.
Sim, eu tenho despertador. Não, não adianta.

3.10.05

Por que sim?

Tenho lido algumas coisas sobre o referendo do próximo dia 23. Juristas, políticos, organizações de direitos humanos, entre outros especialistas ou não, que colocam suas opiniões, razões e afins. Quero então apontar duas ou três coisinhas por aqui.
Primeiro, como cientista política: sou a favor da proibição da comecialização de armas de fogo por príncipio. Não, não cabe ao "cidadão de bem" a garantia da própria segurança. O que legitima o Estado moderno, entre outras coisas, é o monopólio da violência pelo Estado. Isso equivale a dizer que o Estado existe inclusive para (e com o fim último de) garantir a segurança dos seus cidadãos, e a forma de se realizar isso é possuindo o MONOPÓLIO dos meios de coerção (entenda-se violência legítima e consequentemente, posse de armas de fogo). Tal monopólio da violência pelo Estado está fundado na idéia de que numa realidade em que todos possuem condições de matar o outro em "legítima defesa" caracteriza-se um caos, uma "guerra de todos contra todos" (vide Thomas Hobbes, "O Leviatã"), onde não há garantia da segurança de nenhum cidadão. Não, eu não acho que vivemos no país das maravilhas, acho incluse que o caos a que me referi está instalado. E aí partimos para a segunda "coisinha", ou argumento, como queiram.
O Estado brasileiro não possui o monópolio dos meios de coerção, na prática. Afinal, grande parte (a maioria esmagadora) das armas de fogo que são os instrumentos fundamentais desse caos social em que vivemos, está ilegalmente na mão do crime organizado ou não. E pior: quem comercializa ilegalmente tais instrumentos é a própria polícia, ou seja, o aparato responsável pela violência legítima. Sendo assim, concordo que o referendo do dia 23 não resolve o problema da violência no Brasil. Mas, cá entre nós, pretender resolvê-lo via referendo não seria um pouco utópico, para não dizer tacanho mesmo? Um problema de tal magnitude requer muitas ações, e o referendo pode sim ser uma delas. Aponto a seguir o por quê.
Porque desmascara o problema de fato. Sim: se o "cidadão de bem" não pode comprar armas, nem o "bandido", nem quem quer que seja, por que o problema persiste? De onde vêm as armas? Quem comercializa (e ilegalmente, já que pela lei, decidimos que não pode)? Como tais armas entram no país (temos fronteiras, que são responsabilidade do Estado, lembram?)? Desmascarar o problema implica problematizar nossa realidade. Assim, proibir a comercialização pode ser sim um primeiro passo para discutir a violência no Brasil como um problema estrutural.
Por fim, porque um referendo é um mecanismo democrático que suscita o debate público sobre questões que são públicas. Segurança é questão pública. E suscitar questões, que fomentam debate, é fundamental numa sociedade que se pretende democrática, e é tão carente do principal, que são exatamente essas perguntas.

1.10.05

DICA



Pessoas, acabei de ouvir um especial belíssimo com a cantora cubana Omara Portuondo no programa Planeta Som, pela Rádio USP FM. Além disso, a Rádio USP, que segundo eles próprios, pode ser ouvida em qualquer canto do planeta, pela web, tem programação de primeiríssima, que inclui inclusive o "lado B" da MPB. Coisa muitíssimo boa, vale a pena!