27.12.05

Feliz ano novo

Pessoas, é o seguinte: estou indo viajar, e quero deixar aqui um texto que eu adoro, e sempre gosto de ler, para desejar que 2006 seja bacanérrimo, para todos os queridos e queridas que eu conheci por essa blogesfera afora. Com, vocês, Mário Pirata:
No ano que passou fizemos o possível
o que acreditávamos, o que era incrível.
Botes, submarinos, caravela,
comunas, castelos, favelas.
A novidade é a incapacidade
de destruirmos a guerra.
Não mudou o sonho.
Ora naufragou, ora ficou à deriva.
O ano que passou alimentou o poema.
Poetas voltam ao picadeiro da rua
e gritam: a terra está nua,
a mentira é uma fera solta.
Mas a poesia faz acrobacia,
vira cambalhota e inventa
o novo estratagema:
continuamos apaixonados pela vida
e faremos, ano que vem,
maior e mais forte investida.

Tá acabando 2005? Jura?

Estava aqui pensando: esse ano foi mais difícil do que ruim. Muitas coisas novas, sensações novas, responsabilidades novas. Descobertas, muitas, muitas, principalmente sobre mim mesma, e se é assim, não foi de todo ruim. Começou morimunbo, eu apagadona, mas no correr dos meses fui tomando fôlego. Em março decidi passar doze dias na Bahia, para "recarregar": sabia o que vinha pela frente. Foi sábia a decisão.
Poderia fazer aqui uma retrospectiva. Cacildis, 2005 tem coisa pra burro pra ser lembrada; ano interminável esse. Mas me limitarei a três "consideraçõezinhas".
Esse foi o ano em que:
- eu pari a idéia, estrutura e qualificação da minha tese;
- estando no processo de análise há algum tempo, fui convidada a deitar no divã, e ouvi da minha analista: eu não tenho dúvida da sua disposição para olhar para suas coisas;
- criei esse blog, e conheci pessoas incríveis, algumas delas que eu inclusive já amo de paixão.

Claro que eu preferi desprezar as tantas coisas difíceis, chatas, marrentas mesmo que toparam meu caminho. Fiquei com o meu lado pollyana, porque ainda insisto em olhar para o que de bom eu trago e recebo. Não sei até onde conseguirei, mas sigo tentando.
Que venha 2006!

25.12.05

Presente

Chegou a Maria Eduarda. Minha sobrinha. Filha do meu irmão mais novo: é a primeira.
Pequenina. Venha conhecer a vida. O Caetano tem razão: ela é gostosa. Tem o medo e tem a rosa. E tem o Rosa. Tem o Caetano. Tem a música. Tem a poesia e tem o mar. Tem os amigos, tem as paixões. Tem o Chico, Maria Eduarda: eu digo que ela é gostosa.
Você é bem vinda, florzinha!


Viva
Duda
Venha
Ver
Peque
nina
Vem
viver
Vem
menina
Ser
você
Vem
Menina
Nana
nenê
Dorme
Duda
Nana
Nenê
Adaptação para a música Ninar, da Adriana Calcanhoto

22.12.05

Êxtase

Chegou meu presente de natal. O entregador tocou o interfone, eu eu já comecei a pular de alegria. O presente? Os dois boxes de DVD do Chico. Bom, munida de cerveja, pão italiano e beringela em conversa, vou ali me deliciar...

Calma...

"Essa calma que inventei, bem sei
custou as contas que contei
Eu tenho mais de vinte anos..."
Vinte anos blues - Sueli Costa/Victor Martins

Fina ironia

"O destino é o grande culpado de todas as más ações da humanidade inocente..."
Machado de Assis

18.12.05

Quando o carnaval chegar


"Há quanto tempo desejo seu beijo
Molhado de maracujá
Tou me guardando pra quando o carnaval chegar
(...) Eu tenho tanta alegria adiada,
abafada, quem dera gritar
Tou me guardando pra quando o carnaval chegar"

Eu tenho um costume muito gostoso de se ter: escolho um CD, num dia, e ouço repetidas vezes, principalmente para conhecer melhor aquelas músicas que ainda não foram muito ouvidas. Hoje foi o dia de "Quando o Carnaval chegar", trilha sonora do filme de Cacá Diegues.
Esse CD é um "desbunde", como diria minha mãe. A música abertura é "Mambembe", instrumental. Depois, a belíssima "Baioque", na voz da Bethânia, em ritmo de baião. Bethânia também canta lindamente "Bom conselho"; vale a pena conferir. Aí tem a música tema, que é demais, além de "Partido Alto" cantada pelo MPB4. Mas a música com a qual eu entrei em contato hoje, e que ficou ecoando na rádio-cabeça é "Soneto", que eu fiz questão de postar na
íntegra aqui em baixo.

Soneto

Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono

Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo

Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar com que navio
E me deixaste só, com que saída

Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio
Chico Buarque - 1972

17.12.05

Regrinha

Eu não gosto muito de gente descuidada, distraída em relação aos sentimentos alheios. Faz exatamente um ano que eu tive uma historinha com uma pessoa assim, que esquecia, que não percebia, que estava sempre muito cheio de problemas para perceber o que acontece ao redor.
Mas então, pensando aqui com os meus botões, a questão é que pessoas assim normalmente o são também consigo mesmo; como cahorro que está sempre correndo átras do próprio rabo. No fim, não adianta, não se pode dar o que não se tem: é fato.

The true

A verdade é que o ano foi difícil, mas esses últimos trinta dias estão infernais. Óquei, já listei aqui as desgraças e não farei de novo; mas quero desabafar, e não é para ninguém mais que mim mesma: TÁ DIFÍCIL PRA CARALHO! E sem asterisco, que é para não deixar dúvida.
Nenhuma certeza. NENHUMA. Nem prazo, nem bolsa, e hoje soube que nem pagamento. E nem adianta botar a culpa em ninguém. Posso dar uns gritos aqui na janela e aterrorizar meus vizinhos, sim, posso. Mas no fundo, não muda, né?
Acho que não quero mais passar por essas situações. Acho que ninguém quer. Acho que mestrado num departamento que está mudando prazos eu só farei uma vez na vida, então passa, e até lá, é torcer para sobreviver. Acho que trabalhar com projetos que atrasam pagamento, principalmente se tratando de órgãos burocráticos internacionais, vai acontecer sempre; preciso aprender a administrar. Acho que desgaste emocional e somatização é sempre, sempre uma possibilidade (em se tratando de mim, quase certa). A questão é tentar se perceber e se cuidar. No fim, a peleja é sempre a gente com a gente mesmo, I know.

P.S. - Mas como eu já disse 24921 vezes, coisa boa é ter amigas: ganhei de duas delas um "kit-descarrego-pra-dar-sorte-em-2006". Lindas!
P.S. II - Eu ando com uma mania de títulos em inglês, né?

16.12.05

Ídola

"Eu já esperei me dizerem: "Larga tudo e venha ser feliz comigo". Mas acho que tem sei lá, uns 10 anos. Hoje eu não espero isso de ninguém, e espero que ninguém espere de mim. Se existe amor tranquilo, quero este. Se não, passar bem."

Aqui ó, tem mais!

Answer the question

Você já leu "Auto-engano"?

Criança tem cada uma...

Brincando de forca com o pequeno-de-cinco-anos:

Eu: Tá muito difícil, dá uma dica?
Ele: Hum... Já sei: é um objeto!

15.12.05

A última

Vírus no computador. Vários deles. Chamo o técnico, que resolve "mais ou menos", mas recebe por completo. Praticamente expulso o cidadão daqui. Existe vida após 2005?

12.12.05

Single


Coisa boa nesse mundo é tomar um banho, depois de um dia cheio, e ficar na cama, meia luz no quarto, cd tocando na vitrola*. Pernas para cima, literalmente, auto-massagem, pensar em quase nada. Meu quarto verde é meu santuário.
Mas aí pensei naquela coisa do quarto do casal. Será que a gente não pode dormir junto mas ter um quarto-santuário separado? Assim ó: cada um tem o seu, e os dois dormem juntos em um ou no outro, e podem dormir cada um no seu se quiserem. O que vocês acham?

*não, eu não tenho vitrola, mesmo porque a bichinha não ia tocar cd, é só porque eu gosto da palavra

Entonces

Hoje acabou dando tudo certo, afinal, um diazinho de coisas boas no meio da uruca é necessário, né? Nem que seja para eu me animar e amanhã me danar de novo...hahaha
Bom, consegui uma consulta de urgência, receita em mãos, me aventurei até o Belém, pois descobri que lá tem uma "ótica de fábrica". Dito e feito, o preço é, assim, no mínimo 50% mais barato. Mas é no Belém, e meio longe do metrô, e hoje choveu: não, nunquinha um dia pode ser perfeito.
Mas o complicado mesmo é que para voltar do Belém tem que passar pelo Brás, e minha mami quis parar lá... Valei-me-nos-jesuis, que lugar HORROROSO, cheio, infernal. Ufa, passou!
Estou moída, mas amanhã pego meus óculos, gracias. Dessa vez fiz dois, porque aí se perder, não fico assim, tateando as coisas... Um dos óculos é roxo. Não é o máximo, óculos roxo? Amei.

11.12.05

Uruca

Não basta tendinite, vizinho louco, coordenador que não sabe se eu perco ou não a bolsa, encanamento do banheiro entupido, grana da pesquisa nova que não é depositada. Eu ainda consigo perder meus óculos num show, no sábado.
Detalhe: não consigo ler sem meus óculos e falta uma semana para eu entregar meu pedido de prorrogação.
Vou ali me jogar da janela e já volto.

Errata

Postei, abaixo, com link para uma matéria da Folha de São Paulo, falando sobre a Carta Capital. Reproduzo trechos aqui, porque, como ela me avisou, o conteúdo é exclusivo para assinantes; vamos lá:
"Carta Capital" apoiou Lula em editorial de 2002
DA REDAÇÃO
Lançada em 1994 pelo jornalista Mino Carta, a revista "Carta Capital" mantém um bom relacionamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2002, a revista declarou apoio ao petista. A edição de 9 de outubro daquele ano trazia, em sua página 21, o seguinte editorial: "Escolhemos Lula há muito tempo. "Carta Capital" continua com ele no segundo turno".Em 30 de agosto de 2004, o presidente participou da comemoração do aniversário da revista.
(...)
Em 7 de novembro passado, Lula participou de uma premiação promovida pela revista, na qual tornou a elogiá-la: "Em 11 anos de circulação, a revista firmou-se como referência de jornalismo, ao mesmo tempo independente e de caráter nítido, conseqüente e provocador, sóbrio e arrojado".
Na edição da semana passada, Mino Carta escreveu que "o governo Lula não nos nega seus anúncios, ao contrário do governo Fernando Henrique. De 1994 a 2002, fomos ignorados pela publicidade governista". A revista teve tiragem de 35.300 exemplares em setembro.

10.12.05

Notícias

A intenção deles é desmoralizar a revista por que não são capazes de assumir posições e fazer um jornalismo comprometido? Não, não é por nada não, é só pra saber mesmo...

Certezas

Lembro de um tempo não muito distante, em que eu sofria muito, na ânsia de ter certezas. Coisa de adolescência, esse período do qual não sinto nenhuma falta.
Aí depois eu fui percebendo que as certezas são poucas e sempre provisórias. Amor eterno? No way. Verdades absolutas? Oh, baby, no, no way. Crença em deuses onipotentes? Hum...
Mas existem algumas outras certezinhas, dessas assim mais simples, menos abstratas. Certeza de que chuva molha, de que cheque sem fundo volta, de que meu pai vai sempre me mandar tomar cuidado ao atravessar a rua, mesmo quando eu tiver sessenta anos.
Pois é. Mas hoje, foi difícil explicar a minha necessidade de uma certeza. Não, não é possível que a instituição na qual eu estudo me diga, COM CERTEZA, com quanto tempo de prazo eu posso, EFETIVAMENTE, contar. Tampouco há a certeza de que eu continuo ou não com bolsa depois de fevereiro. A regra, segundo eles, é clara (!): pediu prorrogação, perde a bolsa, é justo. Mas a minha boca é grande, e eu não me furto a esbravejar: justo na concepção de quem, cara pálida? Ah, nesse caso, vamos analisar, vamos esperar, veremos.
E assim, eu sigo, no escuro. A única certeza é a de que eu termino esse ano sem essa necessária CERTEZA.

8.12.05

Assim ó...

... não basta a pessoa ser amorosa, simpática, querida, dar risadas com você e cozinhar coisas gostosas. Ela ainda lê seu texto, devolve no mesmo dia, e faz um monte de observações fundamentais. Ah, e tem mais: sendo uma das pessoas mais competentes que eu conheço, nela nunca vi nenhum sinal de arrogância, por menor que fosse.
Bom, já falei aqui que coisa boa na vida é ter amigas, né? Então tá, repito!

Ah, os vizinhos...

"Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem.
Apenas sei de diversas harmonias bonitas, possíveis, sem juízo final"
Caetano Veloso - Fora da Ordem

7.12.05

Saga da "teeeeeese"

Pessoas, a verdade é que eu tô f*dida. Tenho que preparar um texto para pedir essa p*rra dessa prorrogação de prazo até o dia 15. E no meio disso, temos um relatório para entregar lá no instituto, para o mesmo dia 15.
Então, pode ser que eu desapareça. Daqui, duvido, porque na verdade, escrever é preciso. Talvez eu suma dos comentários nos queridos blogs amigos.
Ou não.
Pode ser que eu continue a mesma, pode ser até que comente mais, na proporção da minha ansiedade/desespero. Sei lá. Aguardem cenas dos próximos capítulos.

Comendo

Outro dia, numa conversa de boteco com uma super-amiga-psicóloga-poderosa, ela me disse que a gente come emoção.
Car*leo, acho que eu ando comendo até (inclusive) emoção, e compulsivamente, devo grifar.

6.12.05

Nem tão polyanna...

...se eu tiver bastante dinheiro, produzo esse filme aqui.

5.12.05

O mestre

"e quando eu me apaixonei
não passou de ilusão
o seu nome rasguei
fiz um samba canção
das mentiras de amor
que aprendi com você..."

Lígia - Tom Jobim

Pollyanas, All Star e afins

Bom, como diria minha querida companheira de "pollyanice", eu amo muito essa minha vida dupla!!!
Ontem foi a vez de conhecer los dos hermanos! E devo dizer que não, eles não são idênticos como se imagina. Levemente parecidos, eu diria.
Tudo bem que eu descobri que os caras que fazem tênis que custam mais reais do que um dia eu imagino pagar, são os mesmos que fazem os falsificados. É, o mundo vai se descortinando...hahahahaha. Mas mesmo com essas investidas contra a minha "pollyanice", registro aqui que não esperava conhecer pessoas tão bacanas por esse mundo digital afora, e no entanto, a cada dia, a lista da galera sangue bom só faz aumentar!

Só uma pergunta

No mesmo especial eu soube que o reveillon de 1995, em Copacabana, foi um super-show Tributo ao Tom Jobim. Isso equivale a dizer que centenas de milhares de pessoas começaram seu ano com um show GRATUITO que reuniu nada menos que Chico, Milton, e cia. Meu-deus-do-céu, em que parte desse mundo eu estava quando tudo aconteceu???

Anos Dourados

Sim, eu estava vendo o meu "ídalo" na TV. Foi tudo lindo, mas o ápice da maravilha foi assistir Chico e Tom cantarem "Anos Dourados". Preciso registrar aqui que essa música é a principal na trilha sonora da minha vida; eu sou essa moça aí da música, minha gente. Pronto, contei!
E ouví-la/assistí-la assim, com o ídalo e o maestro soberano de todos os adoradores da música popular brasileira, ah, meu coração "num guenta"!

Parece que dizes
Te amo, Maria
Na fotografia
Estamos felizes
Te ligo afobada
E deixo confissões
No gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor
Me vejo a teu lado
Te amo?Não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
Não sei se eu ainda
Te esqueço de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
E desconcertante
Rever o grande amor
Meus olhos molhados
Insanos, dezembros
Mas quando me lembro
São anos dourados
Ainda te quero
Bolero, nossos versos são banais
Mas como eu espero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
Anos Dourados - Chico Buarque e Tom Jobim - 1986

4.12.05

O mundo é meu lugar


Da série CDs Imperdíveis, desse eu só tenho a dizer que é belíssimo. Teresa Cristina é cantora de samba da melhor qualidade, diretamente das casas de samba da Lapa para os ouvidos desse Brasil. Com o Grupo Semente, faz parte do que se faz de melhor em termos de música popular brasileira atualmente. Ah, quer saber? Ouçam, que é a melhor maneira de acreditar em mim.

"Pra não dizer que a canção lhe enganou
Aprenda feliz que a dor é como o amor
Termina"
Pra cobrir a solidão - Teresa Cristina e Zé Renato

2.12.05

Os louros

"Olá querida;

Eu não sei se eu já te disse isso, mas sempre que eu estou cansada, estressada, de saco cheio da minha tese ou do Cebrap eu lembro de ler o seu blog delicioso e sempre me dá uma alegria... Aliás, acabei de fazer isso.

Adoro o jeito como vc escreve e se posiciona, super meiga em alguns momentos, e a boa e velha Kellen mulher-maravilha que reivindica tudo e bota a boca no trombone em outros. Adoro mesmo. Que bom que tem o seu blog pra gente ler.

Beijocas mil.

"

E-mail da super-amiga-querida, elogiando o "humilde espaço". Eu tô que não me caibo, então precisava postar! Coisa boa nesse mundão é ter amigas, minha gente!

Postado por Kellen, a exibida.
Coca light é f*da, sem gás então, é castigo.
Pessoas, como os papéis se invertem na vida, não é? Cacildis, como essa vida é inédita, minha gente. Incrível.

1.12.05

A resposta e o diferente

Acabo de ligar no departamento, e definitivamente, a maldita publicação não sai antes do fim do ano, então eu tenho mesmo que pedir prorrogação, o que implica escrever com o braço doente*, e perder a bolsa (injustamente, na minha concepção) no começo de 2006, e fazer mais quatro meses sem bolsa (já fiz seis, no começo de 2004). Sim, isso é uma injustiça, e sim, estou puta.
Bom, mas o diferente é que eu não vou ficar consumindo chateação e somatizando mais dor no braço. Já mandei um e-mail para a minha coordenadora, perguntando sobre as possibilidades financeiras de 2006, e preciso urgentemente de umas aulas. Falar com amigos, mandar currículos. E juntar mestrado e mais dois trabalhos no primeiro semestre de 2006.
Sim, vai ser f*da. Mas quem disse que ia ser fácil? Vamos lá, eu consigo. Mas só amanhã, que agora eu preciso de combustível para a peleja da vida: vou ao cinema.

*comprei finalmente uma tala para o braço. Aí digito com as duas mãos, mas o polegar (o ponto G da questão!hahahahaha) fica imobilizado. Beleza, já é alguma coisa.

Mais do mesmo

E por falar no orientador, estamos os dois esperando a publicação pela reitoria, em diário oficial, de um documento que modifica coisas fundamentais relativas aos "prazos". Então eu pergunto a ele, numa conversa:
Eu: - G., mas por que essa enrolação toda para publicar?
Ele: - Olha só, é mais fácil você me perguntar "G., como foi criado o Universo?", porque nesse caso eu respondo somente, "porque Deus quis"!

Esse é meu orientador, "graças-a-deus"!hahahahahaha

Que medo!


Noooooossa, esse já é um post de dezembro. Meu-deus-do-céu, meu taxímetro* não pára de correr, e a cada minuto fica mais caro!

* metáfora usada pelo meu orientador ao se referir ao meu prazo no mestrado...

Suburbano Coração

Blog novo, e dos bons. Aqui, ó.