30.5.05

Solução

Essa que vos fala, cantarolando música deliciosa da Ná Ozzetti (que chama "sutil", e quando eu cantar, estará no repertório...hihi), sai da USP a pé, pelo portão 1, quando um rapaz a interpela e oferece um panfleto, que dizia mais ou menos isso:

"Problemas na família? Seu amor foi embora? Sua saúde está comprometida? Nada dá certo, falta de dinheiro, desâmino, dor de cabeça, dor de dente, coceira, reumatismo. Quer emagrecer? Engordar? Casar? Ter filhos? Separar? Se livrar dos filhos? Quer um emprego? Mudar decasa? De cidade, estado, país?
Resolvemos todos os seus problemas. Vidência, búzios, tarô, borra de café, baralho cigano. Fazemos qualquer trabalho. Seu amor de volta em três dias, garantia total. Não cobramos a consulta, nosso lema é a caridade".

Como não estava escrito: "quer que uma dissertação brote milagrosamente em seu micro?", eu amassei e joguei fora.

24.5.05

Pois é...

"Nas filas dos pontos de ônibus
Procurando aonde ir
São todos seus cicerones
Correm pra não desistir..."
Cazuza - Gilberto Gi

Ando encanada com a população parada no meio do ônibus, por conta da porta de saída depois da catraca. Então vamos lá: mais uma!
Terça-feira em São Paulo. Uma chuva torrencial atinge a cidade universitária. Eu numa aula sobre sistemas de proteção social, só pensando no trânsito infernal que enfrentaria para chegar em casa. Dito e feito. Quase duas horas dentro do ônibus lotado. Eis que vejo, então, um rapaz adentrar o "bumba". Uma beldade: cabelo encaracolado, barba por fazer, alto, moreno, enfim, uma graça. Carregava seu violão (imagino). Então a beldade passa a catrava, e... Pára! Sim, ele parou em frente à porta de saída. Pensei: "calma, Kellen, sua chata, o moço vai descer no próximo...". Não, não desceu no próximo. Nem no seguinte, nem no outro. Quando enfim chegamos ao ponto próximo à PUC, em que muita gente desce, nada: o bonito nem se mexeu, pra facilitar a saída dos pobres coitados que se jogavam para fora. E lá ficou, atrapalhando inclusive a minha saída do "bumba".
É, minha gente... Não dizem por aí que nada é perfeito?

19.5.05

Pasta amiga

Jantar na casa de uma amiga querida. Cinco mestrandas a beira de um ataque de nervos... Mas foi ótimo, às vezes é vital compartilhar com quem está na mesma situação. Fiquei me perguntando se precisa ser tão sofrido... Lembrei daquele comercial cretino de cartão de crédito que diz: precisar, não precisa. Credo, que lembrança infeliz!
Sei que falamos muito, rimos muito, berramos outro tanto. Começamos a noite falando mal dos homens que berram nos carros e ônibus rumo ao estádio (eu moro ao lado do Parque Antártica, uma maravilha em dia de Palmeiras e São Paulo, por exemplo...), mas num dado momento da noite, percebi que, em cinco, nós também berrávamos para sermos escutadas umas pelas outras...
Aí me esbaldei com uma pasta com alho poró, bolo de chocolate de sobremesa, e agora estou "dando um tempo no computador" à uma da manhã e tomando chá verde, para ver se consigo dormir, porque afinal, meu estômago não é de aço!

13.5.05

Sem assunto

Não tenho assunto. Essa é a verdade. Ou os meus assuntos estão muito chatos e não quero cansar os olhos de vocês com eles... Enfim, a verdade é que sentei aqui com uma vontade de postar, mas tudo pareceu sem graça.
Então vou apenas contar minha aventura matutina de hoje. Matutina para usar um eufemismo, porque acordei às seis e meia: eu e minha amiga, que divide a casa comigo, fomos ao Ceasa comprar plantinhas (plantonas também) para o doce lar.
Andamos, andamos, vimos coisas lindas, compramos três "árvores", ficamos felizes da vida e o apê agora parece uma floresta. Enquanto olhávamos a variedade de coisas, muitos carregadores (que simplesmente atropelam quem tiver pela frente...) ofereciam seus serviços: as mulheres maravilhas então se entreolhavam e diziam: não, obrigada, nós mesmas levamos. Até que resolvemos parar de olhar e carregar a primeira caixa das várias outras que compramos (sem contar os vasos). E então eu falei: por quanto mesmo o senhor carrega nossas plantas?

6.5.05

Agradecimento público

Venho a público manifestar que, com a preciosa ajuda da amiga
R., consegui colocar aqui o link para os blogs super bacanas que tenho lido. Aí está.
Aí me empolguei, mudei o jeitão do blog, deixando-o mais claro. Aí queria colocar a foto do Rio. Aprendi como faz, mas não tenho a foto aqui no escritório. Aguardem, pois ela virá em breve!

5.5.05

Lição de casa

Tarefa muito bacana encomendada por amiga blogueira. Ah, e "muito agradicida" pelo "bom gosto"...hehehe
Vamos lá:

1. Que livro você gostaria de ser?
Essa foi a mais difícil. O conto da ilha desconhecida, do Saramago. Mas sem muita certeza.

2. Você já ficou apaixonada por um personagem de ficção?
Que eu me lembre, não. Mas deve ser memória fraca, afinal meu coração é tão vagabundo...ahahaha

3. Qual foi o último livro que compraste?
A insustentável leveza do ser, num sebo pertinho do consultório onde faço análise. Putz, engraçado comprar justo esse livro perto da análise...

4. Que livros estas a ler?
Grande Sertão Veredas. Esse foi o penúltimo que comprei... CARO!!!

5. Que cinco livros levaria para uma ilha deserta?
- A Divina Comédia, de Dante. Tô copiando o motivo do amigo blogueiro (tutti funghi): porque estando numa ilha deserta, não haveria desculpa para não ler;
- Raízes do Brasil, porque quero e preciso reler, muitas vezes;
- A hora da estrela, Clarice. Porque sim.
- O Evangelho Segundo Jesus Cristo, do Saramago, porque quero ler.
- Catatau, do Leminsk, porque ele é bom demais.

6. A quem vais passar esse testemunho e por quê?
Ao "Blackbird Singing" e "As invasões" Porque quero saber das preferências deles, ué!

4.5.05

Um lugar

"Penso ouvir a pulsação atravessada
Do que foi e o que será noutra existência
É assim como se a rocha dilatada
Fosse uma concentração de tempos"
Chico Buarque, Morro dois irmãos


Fui ao Rio de Janeiro, cheguei hoje. Queria colocar uma foto aqui, mas não sei como faz. Da mesma forma que não sei como indicar os blogs que eu gosto... Enfim, não aprendi a mexer no troço ainda.
Bom, a questão é que a vontade de fazer doutorado lá tomou contornos mais nítidos. Eu gosto daquela cidade, e quero passar um tempo fora de São Paulo. Sem contar que lá tem uma amiga que eu adoro, que faz falta, tá distante. Seria ótimo passar um tempo pertinho dela (no mesmo bairro...hehe) também.
Tem alguma coisa no Rio que me seduz. Claro que é o fato de ser uma metrópole com praia, já que eu adoro o mar... Mas tem mais. Talvez a harmonia perfeita entre morro e mar... Caceta, vai ser bonito assim lá longe... Eu quero!