28.1.06

Madrugada


Gente, o que uma madrugada não faz por uma pessoa, não?
Ontem tive a tão esperada conversa com o orientador. E foi tensa (para mim, escondida, com aquele sorriso por fora, e querendo virar pó por dentro). E por quê?
Porque eu cheguei lá cheia de certezas, com uma estrutura de quatro capítulos divididos em n itens, uma bibliografia imensa. Uma parte já lida, outra não. Ah, e um capítulo escrito. Que já foi, de cara, sumariamente cortado.
Fiquei arrasada. G. me chamou para a terra, para eu pôr os pés no chão, que isso é um mestrado. E disse com toda aquela delicadeza que lhe é nata, o que é pior, porque nem para discutir dá. Ele parece blindado.
Óquei, saí do café onde estávamos completamente passada, com a impressão de que deveria jogar tudo fora e começar de novo a quatro meses do prazo final. Quis chorar, engoli, e fui tomar cerveja.
A cerveja não foi muito útil. Quando cheguei em casa, não conseguia dormir. Fui para o quarto, levei meu caderno com a etiqueta "PROJETO". Comecei a folhear as primeiras anotações, e caneta em punho, rabisquei novamente tudo o que o G. falou. E não é que havia mesmo três capítulos possíveis? E POSSÍVEIS, sem me causar de novo aquela sensação meio desesperadora que causava a tão estimada estrutura anterior. Então, acho que eu tenho uma pesquisa, acho que cortar e "começar de novo" será fundamental, e que, mais uma vez, G. tem razão. Senti alívio, e dormi.

1 Comments:

Blogger Camila Rodrigues said...

Morri de inveja boa hahaha
Como era bom o tempo em queeu tinha uma orientadora! Uma de verdade, com defeitos e qualidades!
Vamos seguindo...
Muita, mas muita boa sorte mesmo: Ca

4:19 PM, janeiro 29, 2006  

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