25.3.06

Tucanando

Então acontecia assim: até o final do mandato da prefeita Marta Suplicy, você entrava em um ônibus, de posse de seu bilhete único, pagava o valor da tarifa, e validava o bilhete para usar quantos ônibus precisasse no período de duas horas. Esse foi um direito conquistado depois de uma intensa briga polítca durante o mandato da prefeita, com greves de ônibus chamadas pelos donos das empresas várias vezes. Venceu o interesse público do cidadão.
Eis que o prefeito José Serra assume a prefeitura. De cara, diminui o alcance do bilhete único para quatro passagens no período máximo de duas horas. Isso mesmo: o direito foi restringido.
Então, a partir de 18 de março, para utilizar o bilhete único, o cidadão precisa ter cadastrado o mesmo junto à SPTrans. A desculpa? Intensa falsificação de bilhetes. Acontece que não pára por aí. Mesmo cadastrado, se o bilhete não estiver carregado, a pessoa não pode utilizar mais do que uma condução: o bilhete não pode mais ser validado na hora.
Para carregar o bilhete único, é necessário pagar no mínimo, oito reais. Uma pessoa de baixa renda (que são as que mais usam o benefício) pode não ter oito reais para comprar comida, quem dirá para carregar um bilhete antecipadamente. E aí essa pessoa não utiliza o benefício.
Realmente, o prefeito não retirou o bilhete único. Ele dificulta, neutraliza a possibilidade de usar. E a vamos todos nos submetendo. E aí, tudo bem?

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Tomara que logo após a eleição, entre 25 de dezembro e 3 de janeiro, que é quando ele toma esse tipo de medida, eles ACABEM de uma vez com o bilhete único. Pronto.

7:52 AM, março 27, 2006  
Blogger Giu! said...

Ai, que ódioooo.

9:50 AM, março 27, 2006  
Blogger Camila Rodrigues said...

Esse Serra!
Argh

9:23 PM, março 27, 2006  
Blogger Angelamô said...

O melhor mesmo é a plaquinha no ônibus:
"Este cadastramento não é obrigatório"
Âh?

9:31 AM, março 29, 2006  

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