8.3.06

Veio de um homem...

Recebi esse texto por e-mail, de uma mulher maravilhosa, casada com um homem maravilhoso. Sim, eles se merecem, se encontraram!

Sexo frágil, pois sim!

Ouvi uma vez um humorista dizendo que "todas as conquistas masculinas, da invenção da roda à conquista do espaço aconteceram por ter uma mulher envolvida, e por nossa necessidade constante de mostrarmos que estamos fazendo algo que valha a pena".

Vou mais longe: Marx teria escrito O Capital pensando em assuntos que pudessem impressionar a vizinha, que acabara de se tornar doutora. Graham Bell inventou o telefone pensando na possibilidade de trocá-lo com aquela moça bonita no café, dias atrás. Frank Sinatra (e essa é verdade!) só conseguiu cantar - e gravar -"Stormy Weather" porque o primeiro professor de música lascou: "Já levou um fora? Cante pensando nesse fora"

O grau de envolvimento das figuras femininas em todos os momentos da história (e de nossas histórias particulares) só é proporcional à estupidez e arrogância masculinas em dizer que não é nada disso. É verdade que em determinados aspectos os tempos estão mudando; antes encostávamos a mão na parede e dizíamos: "Hei garota, eu dirijo um caminhão de 30 toneladas, o que você acha disso?", hoje muito provavelmente vocês responderiam que dirigem um de 60... Estamos um pouco assustados e confusos com isso, o que talvez explique uma série de atos estúpidos ocorrendo ao redor do mundo como o Bush ter sido reeleito e essa coisa toda do terrorismo.

Com o tempo, espero, vamos os homens voltar a olhar nos seus olhos. E dessa vez ao invés de ver fragilidade, vamos ver força. Ao invés de ver submissão vamos ver que só podemos conquistar alguma coisa se trabalharmos juntos. Vamos nos perceber complementares. E vamos ver que acima de tudo, isso é maravilhoso.

Agora, vejam a lista de emails aí em cima. Cada uma de vocês me influenciou de um jeito: da minha mãe, a primeira mulher que conheci, à Renata - a mulher que um dia me pegou pelo colarinho e disse que não soltava mais (não solta, não solta não) - passando por colegas de trabalho, tias, amigas, mulheres feitas e mulheres que ainda estão se fazendo. Sou gratíssimo a cada uma de vocês pelo fato de existirem e serem mulheres.

O mundo precisa da luz que vêm de vocês todos os dias. Nós, frágeis homens, precisamos continuar nascendo, crescendo, levando bronca (eternamente né Rê?), perguntando onde está aquele negócio que estava ali mesmo ontem à noite e hoje não está mais (nossa incapacidade de procurar a mesma coisa em dois lugares diferentes vem de tempos remotos e me leva a crer que na verdade nós é que não temos raciocínio espacial), dizendo "deixa comigo" com o peito estufado no trânsito para ver que está completamente enganado, e escrevendo crônicas como essa no dia das mulheres. E se o texto está bom, ainda está aquém da inspiração.





Em tempo, quero lembrar das mulheres que sofrem todos os dias diversos e terríveis tipos de abuso, direta ou indiretamente causados por nossa estupidez. Ofereço, ainda que inútil, minha solidariedade e minha dor.
Quero lembrar também as mulheres maravilhosas que inspiraram esse dia, e que continuam inspirando na luta diária pelo sustento seu e dos seus. Obrigado por nos abrir os olhos.

Obrigado a todas vocês.


leonardo carvalho

2 Comments:

Blogger Camila Rodrigues said...

super bonito!

7:46 PM, março 08, 2006  
Blogger Giu! said...

Uau! De onde veio este tem mais? (Tô falando do homem, não do texto, HAHAHA!)

9:44 AM, março 09, 2006  

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