5.2.06

Music makes the people



"Acordei feliz
Até cantei
Cortei raízes e me desprendi
Senti-me solta
Confiante e forte
Deixei os medos
Que me prendem a ti
Acordei feliz e espero agora
Não dormir de novo
Para não Ter sonhos
Que me levem aos medos
Que me atormentam
Que me entristecem
E me prendem a ti"

Livre - Roberto Mendes e Mabel Velloso,
na voz da Belô Velloso



Estava eu ouvindo essa música aí de cima, e pensando no quanto "aprendi" sobre relações enquanto ouvia todas as muitas e muitas músicas que tocam aqui na minha vitrola interna.
Claro que o que a gente aprende durante a vida vem de diversas fontes. A análise tem papel fundamentalíssimo nisso, e depois, estão as vivências todas, as histórias das amigas, aquilo de viver junto, o que a gente troca com os outros. E a música.
Essa mesmo, me faz lembrar de um tempo doído. Puxa vida, dias desleais aqueles, viu?
Um amigo escreveu um livro de nome sugestivo (Vitrola Psicanalítica) e nele aborda a questão da música no espaço da análise: como o paciente leva suas "vivências musicais" para a análise, e como isso influencia/ajuda o processo. É mais que isso, e melhor, podem acreditar em mim. E tem tudo a ver comigo, a própria trilha-sonora-ambulante. Mas como é bom, minha gente. Como eu aprendo.
Além, é claro, de aprender vivendo. Porque outro dia ouvi de uma pessoa: eu nunca me apaixonei assim, nunca sofri por amor. Eita, a interrogação já se plantou na minha cabeça: mas como é a vida sem nunca ter sofrido por amor?